Maria Madalena e a outra Maria sabiam que tinham uma tarefa pela
frente – o corpo de Jesus precisava ser preparado para o sepultamento.
Pedro não se ofereceu para fazê-lo. André não se apresentou. A mulher
adúltera que fora perdoada ou os leprosos curados não estavam por perto.
Portanto, as duas mulheres decidiram tomar para si essa tarefa.
Imagino o que aconteceria se, a caminho do sepulcro, elas tivessem se
sentado e reconsiderado. E se tivessem se entreolhado e sacudido os
ombros, pensando: “De que adianta?” E se tivessem desistido? E se,
frustrada, uma delas tivesse erguido os braços e lamentado: “Estou
cansada de ser a única que se importa. André que faça alguma coisa dessa
vez. Vamos deixar tudo por conta de Natanael; que ele assuma a
liderança”?
Se ambas foram tentadas ou não, não sei dizer. Só sei que estou
contente por não terem desistido, o que teria sido trágico. Veja,
sabemos algumas coisas que elas não sabiam. Sabemos, por exemplo, que o
Pai as observava. As duas pensavam que estavam sozinhas, mas “não
estavam. Pensavam que ninguém as estava vendo naquele lugar. Estavam
enganadas. Deus via. Ele observava enquanto elas subiam aquela colina.
Ele media os seus passos; sorria de felicidade pelo que via no coração
daquelas mulheres e estava emocionado pela sua devoção. E Ele tinha uma
surpresa esperando por elas…
Por que o anjo moveu a pedra? Por quem ele fez a pedra rolar montanha abaixo?
Por Jesus? Isto é o que sempre pensei. Entendia que o anjo retirara a
pedra para que Jesus saísse. Mas, pense um pouco. Será que a pedra
tinha mesmo de ser removida a fim de abrir o caminho para Jesus? Deus
precisava de ajuda? Seria o Vencedor da morte tão fraco que não
conseguia empurrar a pedra? (“Olá, alguém aí poderia afastar esta pedra
para que eu possa sair?”)
Não acredito. O texto dá a impressão de que Jesus já havia saído quando a pedra foi tirada!
Ouça o que o anjo disse: “Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia” (v. 6).
A pedra foi removida não para que Jesus saísse – mas para que as mulheres pudessem olhar dentro!
“Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já
ressuscitou dos mortos. E eis que Ele vai adiante de vós para a
Galiléia; ali O vereis” (v. 7).
As mulheres não precisaram ouvir aquela instrução duas vezes;
começaram logo a correr em direção a Jerusalém. A escuridão acabara, o
sol raiara. O Filho não estava mais lá. No entanto, o Filho não havia
terminado a Sua obra.
Outra surpresa as aguardava.
“E, indo elas, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: “Eu vos
saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés e O adoraram. Então,
Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia
e lá me verão (versos 9 a 10).
O Deus das surpresas entrou novamente em ação. É como se Ele
dissesse: “Não posso esperar mais. Elas vieram até aqui para ver-me; vou
visita-las”.
Deus age assim com aqueles que são fiéis. Quando o ventre ficou velho
demais para gerar uma criança, Sara engravidou. Quando o erro foi
grande demais para a graça, Davi foi perdoado. E quando a estrada
tornou-se demasiadamente escura para as mulheres, o anjo brilhou, o
Salvador manifestou-Se, e ambas nunca mais foram as mesmas.
A lição? Duas palavras: não desista.
A estrada está escura? Não se sente.
A noite está negra? Não fuja.
Deus está observando. Você pode ter a certeza de que, neste momento, Ele está dizendo ao anjo que remova a pedra.
O cheque pode estar a caminho…
O pedido de desculpas pode estar sendo elaborado…
O contrato do emprego pode estar sobre a mesa.
Não desista. Pois se o fizer, poderá perder a resposta às suas orações.
Deus ainda envia anjos. E ainda remove pedras. (Extraído da obra Ele ainda remove pedras, de Max Lucado)
Fonte: Blog do Amilton Menezes
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