A melhor cor para se comemorar o Dia da Consciência Negra é a da
inclusão. No Brasil, a data foi instituída por lei federal 12.519 em 10
de novembro de 2011, todavia, na contabilidade da Fundação Cultural
Palmares, só é feriado em 1.072 dos 5.570 municípios brasileiros.
Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
(Seppir), o feriado é observado em apenas seis dos 26 Estados, sendo que
nove, o fazem de forma parcial e onze a vida toca normal, sem nada
parar.
Deus criou a diversidade, por isso, o mundo é belo. A flora e a fauna
se caracterizam por tons, matizes e pigmentos. No espectro humano, a
diversidade é ainda mais bela. Cores de olhos, cabelos, tez de pele,
deveriam tornar a convivência mais rica, mais humana e mais relacional.
Neste contexto, o racismo é intolerável, porque em lugar de colorir, ele
mancha, machuca e avilta.
No Dia da Consciência Inclusiva, Deus nos convida a olhar a paleta de
cores e procurar a cor da inclusão, por ser a cor mais sensível, mais
desejável, mais cristã. Quando se fala de cor, fala-se de percepção
visual e de estímulos sensoriais no cérebro. Danger (1973), afirma que a
“visão está tanto no cérebro como nos olhos, mas, é o olho que registra
a imagem, e o cérebro constrói sentido ao que é visto. A percepção da
cor é dirigida pelo cérebro”[1]. Por isso,
relacionamentos saudáveis são aqueles em que o Espírito Santo atua na
pessoa a ponto de transformá-la pela “renovação da mente”[2]. É desta forma que traços étnicos deixam de ser empecilhos sociais para se tornarem elos de aproximação.
Toda cor tem pigmentos ou substâncias que absorve, reflete ou refrata
a luz. A cor inclusiva não é diferente. Entre os mais poderosos
pigmentos desse espectro, se destacam a tolerância e o amor. O primeiro
absorve os impactos nocivos da discriminação que envolve raça, origem
étnica, nacionalidade, cor da pele ou gênero. A tolerância é fator de
união das cores, que combinadas entre si, criam-se novos mosaicos, novas
harmonias, novas possibilidades. A base da tolerância está no
amor-princípio, aquele que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta”[3]. Somente uma consciência mediada pelo
Espírito Santo pode amar o outro verdadeiramente, sem interferência do
status econômico ou racial.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia se posicionou quanto ao tema. Ao declarar que “a igualdade entre todas as pessoas é uma doutrina”, a Crença Fundamental 13 afirma que “em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre grandes e pequenos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição”[4].
A Igreja Adventista do Sétimo Dia se posicionou quanto ao tema. Ao declarar que “a igualdade entre todas as pessoas é uma doutrina”, a Crença Fundamental 13 afirma que “em Cristo somos uma nova criação; distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre grandes e pequenos, ricos e pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós. Todos somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição”[4].
Não há beleza plural sem diversidade, por isso, o Dia da Consciência
Inclusiva tem uma cor: a da inclusão, com pigmento, matiz, brilho e
saturação especiais. Que no manejo dos relacionamentos, o Espírito Santo
nos ensine a escolher a cor, cujo pigmento seja a tolerância mediada
pelo amor, que a matiz provenha do sangue de Cristo, a pureza de Seus
incomparáveis méritos e o brilho seja unicamente da cruz. O maior ataque
contra o racismo são os braços estendidos de Cristo na cruz do
calvário, reconciliando o mundo, independente de raça e cor. Deus seja
louvado!
(Texto de Jael Eneas.)
[1] DANGER, Eric P. “A Cor na Comunicação”. Rio de Janeiro: Fórum, 1973.
[2] BÍBLIA SAGRADA. Romanos 12: 2. Sociedade Bíblica Internacional. São Paulo: NVI, 1993.
[3] BÍBLIA SAGRADA. 1º. Coríntios 13: 7. Sociedade Bíblica do Brasil. São Paulo: 2012.
[4] DECLARAÇÕES DA IGREJA ADVENTISTA. Disponível em http://www.adventistas.org.pt/statements/19
Fonte: adventistas.org
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