A fumaça subiu 15 metros. Muitas pessoas tiveram as pernas extirpadas
durante o possível atentado. Havia pelo menos 131 brasileiros inscritos
na competição. Milhares de atletas terminavam a 117ª corrida da
Maratona de Boston, com uma multidão assistindo e torcendo na linha de
chegada. A rede de TV CNN informa que o número de feridos já passa de
28. Ainda não há detalhes sobre a autoria nem a motivação das explosões.
A corrida em Boston é a maratona anual mais antiga do mundo, realizada
pela primeira vez em 1897. O FBI (polícia federal dos EUA) e outras
autoridades estão tratando o caso como um “ato de terrorismo”. O
Departamento de Polícia de Nova York aumentou a segurança. A polícia da
capital, Washington, também aumentou o nível de segurança.
Tragédias! Elas são indescritíveis. Não têm hora para chegar,
não pedem licença e interrompem os sonhos de muita gente. Em geral,
parece acontecer só com os outros. Mas quando ocorre conosco, uma
insistente pergunta paira no ar: E agora?
Precisamos entender realmente o dilema divino. Deus não queria
brinquedos para manipular e controlar. Ele não criou robôs. Ele queria
gente de verdade a quem pudesse amar e por quem pudesse ser amado. Deus
deu liberdade ao homem. “Porém, se vos parece mal aos vossos
olhos servir ao Senhor, escolher hoje a quem sirvais: se os deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor” (Js 24:15) Essa foi a liberdade de escolha que Deus deu aos anjos e a todos os seres criados. Deus correu um grande risco.
E quando Deus deu essa liberdade, Ele correu um tremendo risco: alguém,
em algum lugar, poderia escolher rebelar-se. E foi exatamente o que
aconteceu. O profeta Isaías escreveu a esse respeito: “Como
caíste do céu, ó estrela da manhã. E tu dizias no teu coração… Subirei
acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:12-14).
O profeta está se referindo a alguém que no seu estado de perfeição
tinha um nome extraordinário: Lúcifer, que significa Portador de Luz.
Outro profeta afirma: “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti“ (Ez 28:15). Usando o seu livre-arbítrio, esse elevado anjo alimentou o orgulho no coração. “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28:17)
O orgulho moveu Satanás a se rebelar contra o seu Criador. Usando então
a sua extraordinária inteligência para o mal e empregando a mentira,
seduziu a terça parte dos anjos (Ap 12:3-4).
O que a Bíblia nos revela é que ele era perfeito nos seus
caminhos desde o dia em que foi criado. Portanto Deus o criou perfeito,
mas deu-lhe o poder e a liberdade de escolha, da mesma maneira como faz
conosco. Depois da rebelião de Lúcifer que pôs fim à harmonia perfeita
do Universo, ainda restaram várias opções. Deus poderia ter optado por
forçar Seus súditos ou poderia descartá-los. Se tivesse agido assim,
provaria apenas que, de fato, queria robôs e não pessoas que pudessem
exercer a liberdade de escolha. Só havia um jeito, apenas uma maneira
segura de lidar com a rebelião. Teria que ser permitido ao pecado
demonstrar seu verdadeiro caráter. Implicaria em milhares de anos de
sofrimento, guerras, catástrofes, inveja, ódio e violência. Tudo isso
causado pelo anjo rebelde.
Vejamos algumas das atividades deste inimigo:
1. Enganar – As Escrituras falam dele como “Aquele que engana todo o mundo” Apocalipse 12:9, para enganar, ele até se “transforma em anjo de luz” (2 Co 11:14). Ensina e faz até coisas boas, mas com elas mistura o erro, torcendo as verdades contidas na Bíblia.
2. Incutir errôneas idéias a respeito de Deus – Para
isso atribui ao Senhor as suas más obras: a doença, o sofrimento, as
guerras, os flagelos da natureza, a morte. Faz crer que Deus é inimigo
do homem. Seria justo atribuir falta de poder para Aquele que falou e
tudo se fez? Não, não há falta de poder. Seria então ausência de amor?
Mas se fosse falta de amor, Deus entregaria seu Filho para morrer em
nosso lugar? As Escrituras ensinam que Deus ama a todos e por isso deu o
Seu próprio Filho para nos salvar do pecado.
3. Induzir ao pecado – O pecado separa-nos de Deus, como está escrito em Isaías 59:2: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus”. Incitando o homem a pecar, Satanás lhe causa o maior dos males. A batalha ainda não terminou.
E até que termine muitas coisas ruins acontecerão a todos. E se Deus
protegesse e curasse Seus filhos, e respondesse a todas as orações como
gostaria de fazer, deixando a tragédia cair somente sobre aqueles que
rejeitam a Sua graça, Satanás O acusaria de ser injusto. E mais, ele
afirmaria que servimos a Deus por causa de Seus favores especiais. Um
dia, muito breve, Deus explicará os estranhos mistérios da vida. E nós
entenderemos e aprovaremos o modo como Ele conduziu as coisas.
“Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20).
Seja feliz!
(Texto de J.Washington)
Fonte: Nova Chance
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