Não é apenas o nome de uma cidade americana, no Texas. Trata-se de uma das principais celebrações da igreja Católica. Corpus Christi é uma expressão latina que significa corpo de Cristo. Acontece sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da “santíssima Trindade” que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. É uma festa que exige o comparecimento obrigatório dos católicos que participam da missa, conforme estabelece a Conferência Episcopal de cada país.
A festa foi decretada em 1264 pelo Papa Urbano IV. Como nesse dia os devotos realizam procissões, em muitas cidades portuguesas e brasileiras é costume ornamentar as ruas com tapetes de colorido vivo e desenhos de inspiração religiosa.
A razão de toda essa celebração é a “presença real e substancial de Cristo na Eucaristia”. Assim, acredita-se que o pão servido na cerimônia seja o próprio corpo real de Jesus. É conhecida, teologicamente, como “doutrina da transubstanciação”.
Este é, sem dúvida, um dos grandes temas divergentes entre católicos e demais cristãos. A razão principal está na aplicação literal que os católicos fazem da forma figurativa que Jesus utilizou na Santa Ceia. Ele declarou ser o corpo dEle, pão. E o vinho, sangue.
É oportuno lembrar que Jesus gostava de utilizar essas ilustrações ou comparações. Facilitava a comunicação dEle com as pessoas simples. Em João 14:6, por exemplo, Ele diz ser “o caminho”. Já no capítulo 10:7, Ele afirmou ser “a porta”. É óbvio que Ele não estava se transformando literalmente numa porta ou em uma estrada. Simplesmente falava de forma figurativa.
A Bíblia mostra claramente que a eucaristia (santa ceia) é uma cerimônia simbólica, uma lembrança do sacrifício de Cristo em nosso favor. Ao ser instituída por Jesus, substituiu a festa da Páscoa que simbolizava a libertação dos israelitas da escravidão, a preservação da vida dos primogênitos através do sangue do cordeiro e uma demonstração de fé no sacrifício que Cristo faria no futuro.
Após a vinda de Cristo para morrer na cruz, a páscoa passou a simbolizar a libertação dos homens da escravidão do pecado, a aquisição da vida eterna através do sangue de Cristo e uma demonstração de fé no sacrifício que Ele fez.
Essa comemoração, porém, não seria feita apenas uma vez por ano, mas em todo o ritual da ceia do Senhor. Portanto, a discordância entre católicos e não-católicos está justamente nessa transubstanciação ou não dos elementos (pão e suco de uva) no corpo de Cristo.
* Existe um interessante estudo do Dr. Wilson Borba sobre a origem da doutrina da transubstanciação. Se tiver interesse em receber o texto, escreva um e-mail para contatornt@novotempo.org.br e você receberá gratuitamente.
Fonte: (Blog do Amilton Menezes)
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